a casa desilusão
sobre o chão do egoísmo a mesa da indiferença
e a toalha do orgulho sob o jarro da descrença
e esta flor hipocrisia
nesta sala sem amor
abrem portas e janelas pra que entre a desavença
rego a grama do quintal
com um pecado capital
cuido do encanamento
com uma dor e um lamento
e quanto à parte elétrica
uno os fios da mente cética
à tomada intolerancia
com o martelo do racismo
na mão da condenação
prego o quadro preconceito
na parede ignorancia
forro o teto com tristeza
no piso desatenção
nas paredes xingamentos
nas janelas palavrão
assim é que se constrói
a casa desilusão
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