e súbito me entorpeces
e súbito me entorpeces
me desencaminhas
e amordaço a ética já rala
e a vala e o abismo e o precipício
sugam-me
e julgam me engolir pra todo o sempre
?pra sempre é quando
?e até quando
?pra sempre é a sucessão do mesmo interminável ciclo
?circo
?círculo
?curral
e cínico me cercas
e vergas meu crânio negroide
e curvas o meu esqueleto andróide
e invades o meu afro coração
?mas qual é mesmo o nome que ostentas
no afã de enganar ser ilusório
?mas qual te u sobrenome e nação
?de onde provem a fúria com que alagas
meu ser galáctico
meu tato auto-cáustico devora-se
no jade dessa pele ouro e sal
?será teu nome amor filha dos deuses
?teu nome é paixão filha do sol
sonho de carne
cerne absoluto
fruto proibido
libido em ascensão
?será teu beijo haxixe e papoula
e teu abraço a mais doce prisão
põe do teu ópio em meu cachimbo de ouro
que eu sou rei mas tua é a coroa
e o cetro aponta firme em tua direção
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