carrego comigo junto
carrego comigo junto
todos os seus bísqüis
seu lábio torto comigo
e a vontade de ser feliz
carrego os porta-retratos
e alguns pensamentos vis
os copinhos de cachaça
e o sexo com quatro bis
a negra de porcelana
sobre um tapete de giz
crânio na mão como quem
casou-se com quem não quis
a felicidade passa
e eu escapo por um triz
o povo me vê na rua
e creia num tem quem diz
que o santo ali é bem pouco
sob o manto de verniz
e pra limpar minha sujeira
que torce qualquer nariz
mais de vinte caminhões
e um batalhão de garis
não limpam a minha alma
de todo o mal que eu te fiz
o amor devia vir
em formato de refis
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