ORIUNDO DAS MADRUGADAS FRIAS
oriundo das madrugadas frias
meu verso quer dizer tão pouco
primeira pessoa maria
é tudo que penso estou rouco
de tanto falar pro mundo
das coisas que vão no peito
que nada tem de profundo
mas são minhas não tem jeito
eu tenho que expô-las destro
espadachim do nordeste
minha voz tá pronta e de resto
sou mesmo é cabra da peste
cangaceiro do futuro
enfrento volantes eternas
rosto antes de puro duro
e um velocino entre as pernas
fui preparado na arte
de ler a mente dos homens
extraio ouro de marte
e tudo o que não é ouro some
meu peito é de aço não nego
de adamantium minhas garras
a máscara de morcego
impede de verem minha cara
que expele raios oriundos
dos meus olhos de x man
que podem ferir profundo
a quem não me disser amém
de esquálidus o saiote
eu herdei de disney um dia
e trago então aos magotes
tudo que vc quereria
sou o doutor xavier
no centro da periferia
criança homem mulher
cujo poder poderia
dar outro rumo e outro mote
a esta vã servidão
moldar o barro dos potes
melindrar o mau patrão
se não fosse a covardia
se não fosse a inconsciência
se não fosse a letargia
se não fosse a incompetência
que medra o corpanzil rude
do qual tirarei sem dó
coração que não me ilude
e o reduzirei a pó
com o argumento que trago
no estalo do meu chicote
e dançarão sem embargo
um rap um samba um xote
e um funk carioquíssimo
descendo até o chão
onde comerão comigo
o pão que amassara o cão
na padaria do inferno
onde eu era o ordenança
a amolar o tridente
num esmerilho da frança
a espetar bunda de gente
que se atreva a enfrentar
nossa fé tão insistente
de si pá é nóis ki tá
até que o meu versejar
cumpra enfim sua função
ou levo o sertão pro mar
ou levo o mar pro sertão
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