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o coice da serpente


o coice da serpente a principio amolou meus lábios e
ignorando o cenário onde ela se punha senhora e de muxoxo
aproximei-me viscoso e consciente
da inferioridade dos meus dotes naturais ante aquele
desperdício de beleza
desprovida dos palcos e das luzes merecidas
e
calado
ante tanta formosura
(o arco das suas sobrancelhas duas mulheres gozando)
falei tanto
que meu mestre gregorio desistiu do seu oficio num momento
e até cri
e tive muita fé em deus
e nos cantos entoados nos terreiros da minha terra
quando a vi nuanuinha
e à luz dos candelabros prateados
invoquei mãe menininha
valei-me
que os bicos dos seus peitos suscitam nos meus ouvidos
o zunido de mil buzinas de guerra
no alto da laje fria
que calor e que tormento
a curva do seu lamento
ao receber-me em seu dentro
voluptuosa venus agridoce
no meu palato aterrorizado
que boceta meus deus que descalabro
que descuidadas todas as outras mulheres
quando embaracei-me ali
no torvelinho do seu baixo ventre
e quis que jamais deles me livrasse
refém dos seus braços poderosos
do seu trono
do seu viço
dos seus truques baronesa dos infernos
suplico teus favores
me deixa beijar tua bunda durante trinta mil eras
oh ogiva nuclear
no centro dos meus sentidos
clareza do amanhecer no taquaral onde os faunos
escondem todo dia
só para vê-la banhar-se
fada sem ser boazinha
exu egum jaguatirica égua
que os deuses me orientem
com bússolas estelares
no vão entre as tuas pernas
pra que eu não saia demente
pra que eu não saia doente
das faculdades mentais
quando sugar tua seiva
e o mel nos cantos da boca
queixo orelhas nariz
me fizer teu serviçal

e eu querer mais
querer mais
do teu crack divinal

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