poema de natal
é meio sem sentido meu trabalho
é meio angustiante meu ofício
pois quase não há nele benefício
com ares de um mero quebra-galho
por isso quase sempre me atrapalho
tentando construir esse edifício
que me parece sempre mais difícil
pois quanto mais caminho mais encalho
e como me parece ser tão falho
esse mister de eterno reinício
mais semelhante ao pátio de um hospício
que aos praticáveis vãos de que me valho
onde cozo retalho por retalho
a túnica que não encobre o vício
do egocentrismo vil farto de indícios
de que o caminho é torto, falso e falho
não tanto pelas dores que amealho
que elas não são maior malefício
que a grande arma em formato de míssil
que’stá direcionada ao espantalho
que sou com minha roupa em frangalhos
da qual só me restou parco resquício
do lorde que eu fui mas bem ao inicio
e que no fim semelha-se a um paspalho
cujo mister parece mais um atalho
que um caminho em que seja propício
não dar com os cornos em algum hospício
onde alma e mente fiquem em frangalhos
ainda que nesta insana lida o falho
sou eu no manuseio do cilício
***
neste dia do teu natalício
suplico ó Jesus roto e grisalho
mesmo ateu e ovelha em tresmalho
preparada no altar do sacrifício
dá sentido a esse desonroso ofício
antes que eu mande tudo pro...
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