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Uma Canção para Niemeyer


A minha vida é sempre assim... 
É como a flora do cerrado...
São galhos tortos postos 
sobre estes troncos torturados...
Mas preparei flores pra ti... 
E frutos bem adocicados...
Cajus, cagaitas e pequis... 
Mangas colhidas com cuidado!

Retas perseguem setas e rotas nunca dantes experimentadas...
Eu vi um ângulo impossível furar o vão e virar escada!
Era uma mão ou era uma asa aquela concha tão desvairada?
E aquele vão onde passam vans...? E aquele voo por sobre o nada?!

E aquele círculo em espiral e aquela curva tão concavada!
E olhem só que palmas esguias! E estas formas enfileiradas...
Esteta louco! Não vê que cai! Este experimento vai dar em nada!
Vejo que ri atrás dos bigodes e da prancheta endiabrada!

E do início até aqui
Lobo guara´sempre acuado
Chego a pensar em desistir!
Querem-me exterminado!
Mas eu persisto em insistir...
Meu território demarcado!
Ó meu amor é para ti 
o meu esforço concentrado...

Paulo Dagomé com imagens de Nilmar Paulo

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