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A Travessia do Eixão

encaro o eixo
às seis da tarde
dispenso de nossa senhora a proteção
enfrento a torre embriagado
pela certeza de não ter convicção

não tenho medo da presença
da nostalgia nestes descampados
tenho nobreza e fidalguia
para enfrentar as hostes dos malvados

só não tenho força 
quando o teu olhar
pede em silencio
o que eu não posso dar

o dom da certeza de um final feliz
eu não sei... eu não sou... eu não vou... eu não quis

disparo balas
destemperado
sobre os fantasmas
e os fantoches da nação

que nunca passa desse estado
de coisa prenhe de miséria e opressão

saco meu colt
incoerente
e meto bala
nestes desgraçados

eu tenho a espada dos analfabetos
e empunho o escudo dos injustiçados

Paulo Dagomé e Chico Batera - Imagens de Nilmar Paulo

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